Soto

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Rafael Barrios

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Dario Perez-Florez

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Yutaka Toyota

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Julio Le Parc

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Carlos Cruz-Diez

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Yuli Geszti

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Yaacov Agam

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José Margulis

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A Op-Art surgiu na Europa na década de 1950. Herdeira do Concretismo ela partia do rigor geométrico, mas queria o abandono do caráter fechado e estático das obras tradicionais, propondo a inclusão do espectador e oferecendo a ele um conjunto de experiências sensoriais.

Os marcos da inserção da nova arte foram a exposição Le mouvement, realizada pela Galeria Denise René, em 1955, com obras de Agam, Soto e Vasarely, entre outros; o grupo GRAV (Groupe de Recherche d’Art Visuel), capitaneado por Le Parc, em 1963; e a mostra The Responsive Eye, organizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, em 1965, reunindo artistas de vários países.

As principais características dessa vertente artística são a repetição de formas simples, a contraposição de cores e a ambiguidade entre fundo e primeiro plano. A exata utilização desses elementos cria a sensação de movimento e profundidade, evocando um espaço tridimensional que não existe, mas parece tornar-se real. É uma ilusão ótica, daí o nome Optical Art, logo abreviado para Op-Art. Aprofundando ainda mais a inclusão do observador, surge, na sequência, a Arte Cinética, na qual o movimento virtual torna-se real. Através do uso de recursos mecânicos ou da manipulação das obras o visitante sai da condição de espectador e se torna ator.

Reunindo artistas pioneiros como Le Parc, Soto, Cruz-Diez, Vasarely, Agam, Perez-Flores e Palatnik, e outros que trabalham até hoje, como Toyota, Geszti e Margulis, a exposição aqui apresentada, vem reiterar  o papel fundamental da Op-Art no processo que levou a pintura a sair do quadro, instaurando uma nova forma de pensar a arte. Uma vertente que continua viva, vibrante e envolvente!

Boa experiência!

Denise Mattar – Curadora

ARTISTAS QUE DESAFIAM A PERCEPÇÃO COMUM DO OLHAR

Jesus Rafael Soto

(Venezuela, 1923 – França, 2005)

Foi um dos principais precursores da arte cinética, utilizando o tempo, o espaço e o movimento como elementos centrais em sua obra, que desafia a fronteira entre arte e ciência. Influenciado pelo construtivismo russo e neoplasticismo, Soto desenvolveu uma abstração radical, criando obras que exploram o movimento através da repetição de formas geométricas e a interação do espectador. Essas instalações envolvem o público, que se torna parte ativa da obra, rompendo com a visão passiva da arte. Sua abordagem inovadora integrou a arte ao espaço arquitetônico e urbano, abrindo novas possibilidades para a arte relacional e ambiental.

Carlos Cruz-Diez

(Venezuela, 1923 – França, 2019)

Um dos principais expoentes da Op Art, dedicou sua carreira ao estudo da cor como fenômeno autônomo, desvinculado da forma. Suas principais investigações focam na interação entre a cor, a luz e a percepção do espectador. Ao longo de sua vida, estabeleceu-se em Paris, onde expandiu suas pesquisas e realizou diversas exposições internacionais, sendo premiado em países como França, Argentina e Venezuela. Cruz-Diez também desenvolveu importantes obras públicas e integradas à arquitetura, demonstrando o caráter mutável e interativo da cor. No Brasil, o artista possui diversas obras públicas por todo país.

Julio Le Parc

(Argentina, 1928)

É um artista cinético conhecido por suas obras sensoriais que exploram luz, movimento e cor, promovendo novas interações entre arte e espectador. Formado na Escuela de Bellas Artes de Buenos Aires, Le Parc mudou-se para Paris em 1958, onde co-fundou o Groupe de Recherche d’Art Visuel (GRAV) e começou a desenvolver obras que incentivam a participação ativa do público. Com técnicas que utilizam espelhos, vidros e luz, suas obras criam ilusões visuais e desafiam os limites da pintura tradicional, alcançando reconhecimento internacional, incluindo o Grande Prêmio de Pintura na 33ª Bienal de Veneza.

Yaacov Agam

(Palestina, 1928)

É um artista israelense conhecido por obras que exigem a interação do observador para revelar múltiplas variações. Formado pela Academia de Arte de Jerusalém, incentivado por seu professor Mordecai Ardon estudou com Johannes Itten, na Suíça. Em 1951, se estabeleceu em Paris. Conheceu Léger e Herbin e desenvolveu sua arte cinética explorando a relação entre cor, movimento e tecnologia, além de influências filosóficas do judaísmo. Suas obras incluem pinturas polifônicas, esculturas monumentais, e projetos teatrais. Agam recebeu prêmios como o de Investigação Artística na Bienal de São Paulo (1963) e tem obras em museus como o MoMa.

Abraham Palatnik

(Natal, 1928 – Rio de Janeiro, 2020)

Nasceu em Natal e mudou-se em 1932 para a região que hoje é Israel, onde estudou motores de explosão e arte em Tel Aviv. Retornando ao Brasil em 1948, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde se associou a artistas como Ivan Serpa e frequentou o círculo de Mário Pedrosa. Em 1949, numa ação hoje internacionalmente reconhecida coo pioneira, iniciou seus experimentos com luz e movimento, culminando no Aparelho Cinecromático, exibido na 1ª Bienal de São Paulo (1951). Palatnik foi membro do Grupo Frente e desenvolveu os Objetos Cinéticos, explorando relações entre arte, ciência e tecnologia. Suas obras integram coleções importantes como MoMA e MALBA, marcando mais de seis décadas de produção inovadora.

Yutaka Toyota

(Japão 1931)

Toyota faz parte do grupo de artistas que, na década de 1960, decretou o fim da pintura de cavalete e da escultura figurativa, convidando o público a participar de novas experiências estéticas, cinéticas, interativas e sensoriais. As imagens que surgem nos seus relevos polidos fisgam o espectador instigando novas realidades. Nelas o visível torna-se invisível, a leveza contrapõe-se ao volume, a unidade é replicada na pluralidade, o positivo é também o negativo. Toyota chegou ao Brasil na década de 1950, e na efervescente Milão dos anos 1960 desenvolveu uma linguagem inovadora expondo ao lado de Enrico Castellani, Bruno Munari, Manzoni e Le Parc. Sua participação na X Bienal Internacional de São Paulo, 1969, foi uma das mais comentadas e premiadas da mostra A partir da década de 1970, passou a realizar trabalhos integrados à arquitetura ou à paisagem, semeando mais de 100 obras monumentais entre Brasil e Japão.

Dario Perez-Flores

(Venezuela, 1936 – 2022)

Nos anos 1960 estudou na Escola de Bellas Artes de Valência e se formou em Literatura pela Universidade Central da Venezuela. Em 1970, mudou-se para Paris, onde se uniu ao Movimento Óptico, influenciado por Soto e Cruz-Diez. No início de sua carreira, criou esculturas cinéticas de acrílico, explorando o movimento e a profundidade das cores. Nos anos 1980, começou a criar pinturas sequenciais, utilizando cores fortes para gerar vibrações ópticas e efeitos visuais sutis. Na década de 90, explorou a cor como meio de conectar o espaço circundante, modificando a percepção visual e emocional do espectador. Seus trabalhos mais recentes combinam listras coloridas com hastes suspensas, criando uma nova dimensão de movimento e plasticidade.

Rafael Barrios

(Estados Unidos, 1947)

Criado na Venezuela, é um renomado escultor conhecido por suas obras que desafiam as leis da geometria e da gravidade. Frequentou o curso de desenho e pintura no Museu de Belas Artes de Caracas, Venezuela e ganhou um prêmio no mesmo ano de sua formatura, em 1963. Estudou Belas Artes no Canadá, Estados Unidos e Venezuela, recebendo prêmios e bolsas internacionais. Suas esculturas monumentais, exibidas globalmente, criam ilusões ópticas que parecem desafiar a gravidade, elevando-se no espaço com leveza e dinamismo. Barrios também trabalhou como diretor de arte para a UNESCO, cenógrafo para grandes revistas, e suas obras estão presentes em importantes coleções públicas e privadas ao redor do mundo.

Yuli Geszti

(Hungria, 1953)

Residente do Rio de Janeiro desde 1957, dedica-se exclusivamente à pintura acrílica sobre tela desde 1994. Seu trabalho explora a ilusão de volumes tridimensionais em superfícies planas, utilizando luz, sombra e contrastes de cor para criar a sensação de profundidade. Inspirada pelo desafio de criar ilusões espaciais em uma tela bidimensional, ela valoriza a contradição entre a bidimensionalidade da pintura e a projeção ilusória de formas tridimensionais. Seu processo envolve estudos preliminares detalhados, e suas obras sugerem formas arredondadas e curvas sinuosas que evocam sensações táteis e espaciais.

Jose Margulis

(Venezuela, 1970)

Iniciou sua carreira na fotografia enquanto estudava Administração na Venezuela, mas expandiu seu trabalho para a escultura, criando peças que integram dimensões bidimensionais e tridimensionais. Suas esculturas em acrílico e plásticos coloridos, influenciadas pelo abstracionismo geométrico e pela arte cinética de artistas como Jesús Soto e Naum Gabo, exploram o espaço com formas curvas, cores intensas e transparências. Margulis cria um diálogo visual contínuo entre suas esculturas e fotografias, abordando temas como narrativa múltipla e percepção. Seu uso da luz e cores translúcidas reflete as influências tropicais da Venezuela e de sua vivência no México.

Mayer Mizrahi

Mayer Mizrahi é um empresário e colecionador de arte que se consolidou como um reconhecido art dealer. Com um olhar apurado para a arte moderna e contemporânea, fundou a Galeria Mayer Mizrahi em 2001, no Jardim Paulista, São Paulo. Sua trajetória no mercado de arte reflete um compromisso com a valorização de grandes mestres e novos talentos, promovendo exposições, fomentando o colecionismo e ampliando o acesso à arte por meio do e-commerce da galeria, lançado em 2023.

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